Balanço do Europeu em véspera dos quartos de final …
Balanço do Europeu em véspera dos quartos de final …
Este Europeu , jogado num cenário atípico desde o número de cidades (onde algumas selecções tem sido privilegiadas) ás limitações sanitárias, têm tido de tudo no que toca a espectacularidade: uma média alta de golos por jogo, grandes golos , remontadas incríveis e onde os tubarões (principais favoritos) estão cada vez menos tubarões, e há uma nova vaga europeia com futebol atractivo e muitos créditos e o futuro garantido:Dinamarca, Suíça , Ucrânia , Suécia, República Checa.
Puxando a “cassete” atrás, naquele que será certamente o momento mais marcante da competição , o grande susto que Eriksen protagonizou e a sua recuperação foi um mote para tudo o que viria a seguir. Começando até pela sua selecção, a Dinamarca, que mesmo surpreendida na jornada inaugural (muito por culpa da condição emocional diga-se) , reergueu-se e tem nos brindado com um futebol de muita qualidade, representando bem esta nova vaga de talento nórdico espalhado por selecções como Dinamarca, Suécia ou até a Noruega que não marcou presença neste Euro. Os dinamarqueses são meritoriamente um dos oito finalistas da competição, onde tem sérias hipóteses de poder prosseguir o seu sonho, enfrentando agora a República Checa e não haverá certamente equipa no que toca a motivação com o emocional mais em altas do que eles.
Começando pelas decepções da prova , temos obrigatoriamente de olhar para o grupo F ou grupo da morte como muitos lhe chamaram, que jogados os oitavos de final já não tem ninguém na competição para contar a história.
A Húngria, de quem pouco se esperava face á extrema dificuldade dos seus oponentes, conseguiu roubar pontos á Alemanha e França e deu um sinal claro a toda a Europa que era possível e que já pouco conta serem selecções inferiores na teoria, principalmente na fase a eliminar onde todos os pormenores contam.
Portugal que até se encontrava numa situação de crescimento e aparente melhoria de jogo para jogo, com o selecionador a dar oportunidades aos que mais garantias ofereciam, acabou por cair perante a Bélgica num jogo inglório; se por um lado é fácil dizer que a selecção das quinas foi superior em quase todos os parâmetros (menos na eficácia) também o é que, a Bélgica apanhando-se a ganhar deu essa iniciativa aos portugueses e acabou por ser o cenário mais natural do jogo ser Portugal a correr atrás do prejuízo. Pessoalmente , faz me alguma confusão que numa selecção com tanto talento e alternativas se perceba que não há um sistema de jogo bem definido, e que até sofrermos um golo jogo após jogo, há uma espécie de “amarras” (acredito que por indicações de quem manda) para que a equipa não arrisque, não se exponha e não parta para cima como se o tempo de jogo ou até situações como prolongamentos, funcionassem sempre a nosso favor e pudéssemos assim repetir a mesma história já escrita no passado. Nesse plano lógico, felicidade que Portugal teve em 2016 frente á França (e aí os franceses também se sentiram superiores e amarraram-se ás estatísticas) foi a que não tiveram frente á Bélgica. É muito pouco para uma seleção como Portugal , ter nas ultimas 3 grandes competições que jogou desde 2016 , somar apenas 3 vitórias no tempo regulamentar foram elas Hungria nesta edição , Marrocos no Mundial de 2018 e País de Gales no Euro que acabou por vencer em 2016.
Se é inequívoco , que Cristiano Ronaldo com 38 anos está pronto para as curvas e acrescenta bastante mesmo sem a mobilidade de outros tempos que o obriga a jogar como principal referencia ofensiva no centro , é visível que o mesmo muitas vezes gosta de vir buscar bola fora, ficando Portugal sem qualquer referencia na área, situação essa que o modelo de jogo português ( ou falta dele) não está precavido para tal. Muitos dirão por exemplo, que na Suíça que tudo correu bem na recuperação fabulosa frente á França e que o selecionador francês facilitou nas alterações quando o jogo ainda não estava ganho, eu vi uma equipa Suíça sempre fiel aos seus princípios de jogo e que no 2ª golo de Seferovic, a colocar 4 e 5 referencias na zona da pequena área.
Juntamente com Portugal, caíu a principal candidata a vencer a prova a França, numa decisão dramática nos penaltis num jogo onde aos 80 min vencia confortavelmente por 3x1 os suíços . Por fim a Alemanha , caiu em Londres perante a selecção da casa e, termina assim precocemente a última competição com o selecionador Joachim Löw á frente dos germânicos .
Outras boas equipas acabaram por ser eliminadas nestes oitavos final como a Holanda, Suécia ou Croácia.
No que toca aos craques do jogo, há jogadores que sairão muito mais valorizados neste Euro como : Renato Sanches, Patrick Schick , Seferovic , Dumfries, Gosens , Spinazzola , Forsberg , Grealish ou Yaremchuk e de quem certamente muito se escreverá no agitado mercado que se espera, tendo em conta que até agora pouco as equipas mexeram.
Sterling e Lukaku são para mim, os principais candidatos a vencer o prémio de melhor jogador deste Euro.
Teremos assim nos confrontos para os quartos de final , jogos entre Suíça e Espanha , Ucrânia x Inglaterra, Republica Checa x Dinamarca e o mais esperado de todos Bélgica x Itália. Os italianos são muito provavelmente a melhor equipa a praticar futebol nesta competição.
Por fim , no que toca a candidatos para vencer a competição coloco numa primeira linha a Inglaterra, não porque me tenha enchido as medidas até então mas , pela qualidade que tem o seu plantel, por serem uma equipa extremamente coesa (ainda não sofreram qualquer golo) e sabendo que jogarão possíveis meias finais e final perante o seu apaixonado público. Numa segunda linha de candidatos, coloco o vencedor do Itália x Bélgica da próxima sexta feira e os “nuestros hermanos” espanhóis. No entanto, se há Euro que nos tem mostrado que tudo é possível no futebol é este, e acredito que outsiders como a Dinamarca (principalmente) ou equipas da mesma valia podem ter uma palavra a dizer.
Que estes quartos de final nos traga pelo menos jogos ao nível da eliminatória passada, os amantes do futebol agradecem.
Este Europeu , jogado num cenário atípico desde o número de cidades (onde algumas selecções tem sido privilegiadas) ás limitações sanitárias, têm tido de tudo no que toca a espectacularidade: uma média alta de golos por jogo, grandes golos , remontadas incríveis e onde os tubarões (principais favoritos) estão cada vez menos tubarões, e há uma nova vaga europeia com futebol atractivo e muitos créditos e o futuro garantido:Dinamarca, Suíça , Ucrânia , Suécia, República Checa.
Puxando a “cassete” atrás, naquele que será certamente o momento mais marcante da competição , o grande susto que Eriksen protagonizou e a sua recuperação foi um mote para tudo o que viria a seguir. Começando até pela sua selecção, a Dinamarca, que mesmo surpreendida na jornada inaugural (muito por culpa da condição emocional diga-se) , reergueu-se e tem nos brindado com um futebol de muita qualidade, representando bem esta nova vaga de talento nórdico espalhado por selecções como Dinamarca, Suécia ou até a Noruega que não marcou presença neste Euro. Os dinamarqueses são meritoriamente um dos oito finalistas da competição, onde tem sérias hipóteses de poder prosseguir o seu sonho, enfrentando agora a República Checa e não haverá certamente equipa no que toca a motivação com o emocional mais em altas do que eles.
Começando pelas decepções da prova , temos obrigatoriamente de olhar para o grupo F ou grupo da morte como muitos lhe chamaram, que jogados os oitavos de final já não tem ninguém na competição para contar a história.
A Húngria, de quem pouco se esperava face á extrema dificuldade dos seus oponentes, conseguiu roubar pontos á Alemanha e França e deu um sinal claro a toda a Europa que era possível e que já pouco conta serem selecções inferiores na teoria, principalmente na fase a eliminar onde todos os pormenores contam.
Portugal que até se encontrava numa situação de crescimento e aparente melhoria de jogo para jogo, com o selecionador a dar oportunidades aos que mais garantias ofereciam, acabou por cair perante a Bélgica num jogo inglório; se por um lado é fácil dizer que a selecção das quinas foi superior em quase todos os parâmetros (menos na eficácia) também o é que, a Bélgica apanhando-se a ganhar deu essa iniciativa aos portugueses e acabou por ser o cenário mais natural do jogo ser Portugal a correr atrás do prejuízo. Pessoalmente , faz me alguma confusão que numa selecção com tanto talento e alternativas se perceba que não há um sistema de jogo bem definido, e que até sofrermos um golo jogo após jogo, há uma espécie de “amarras” (acredito que por indicações de quem manda) para que a equipa não arrisque, não se exponha e não parta para cima como se o tempo de jogo ou até situações como prolongamentos, funcionassem sempre a nosso favor e pudéssemos assim repetir a mesma história já escrita no passado. Nesse plano lógico, felicidade que Portugal teve em 2016 frente á França (e aí os franceses também se sentiram superiores e amarraram-se ás estatísticas) foi a que não tiveram frente á Bélgica. É muito pouco para uma seleção como Portugal , ter nas ultimas 3 grandes competições que jogou desde 2016 , somar apenas 3 vitórias no tempo regulamentar foram elas Hungria nesta edição , Marrocos no Mundial de 2018 e País de Gales no Euro que acabou por vencer em 2016.
Se é inequívoco , que Cristiano Ronaldo com 38 anos está pronto para as curvas e acrescenta bastante mesmo sem a mobilidade de outros tempos que o obriga a jogar como principal referencia ofensiva no centro , é visível que o mesmo muitas vezes gosta de vir buscar bola fora, ficando Portugal sem qualquer referencia na área, situação essa que o modelo de jogo português ( ou falta dele) não está precavido para tal. Muitos dirão por exemplo, que na Suíça que tudo correu bem na recuperação fabulosa frente á França e que o selecionador francês facilitou nas alterações quando o jogo ainda não estava ganho, eu vi uma equipa Suíça sempre fiel aos seus princípios de jogo e que no 2ª golo de Seferovic, a colocar 4 e 5 referencias na zona da pequena área.
Juntamente com Portugal, caíu a principal candidata a vencer a prova a França, numa decisão dramática nos penaltis num jogo onde aos 80 min vencia confortavelmente por 3x1 os suíços . Por fim a Alemanha , caiu em Londres perante a selecção da casa e, termina assim precocemente a última competição com o selecionador Joachim Löw á frente dos germânicos .
Outras boas equipas acabaram por ser eliminadas nestes oitavos final como a Holanda, Suécia ou Croácia.
No que toca aos craques do jogo, há jogadores que sairão muito mais valorizados neste Euro como : Renato Sanches, Patrick Schick , Seferovic , Dumfries, Gosens , Spinazzola , Forsberg , Grealish ou Yaremchuk e de quem certamente muito se escreverá no agitado mercado que se espera, tendo em conta que até agora pouco as equipas mexeram.
Sterling e Lukaku são para mim, os principais candidatos a vencer o prémio de melhor jogador deste Euro.
Teremos assim nos confrontos para os quartos de final , jogos entre Suíça e Espanha , Ucrânia x Inglaterra, Republica Checa x Dinamarca e o mais esperado de todos Bélgica x Itália. Os italianos são muito provavelmente a melhor equipa a praticar futebol nesta competição.
Por fim , no que toca a candidatos para vencer a competição coloco numa primeira linha a Inglaterra, não porque me tenha enchido as medidas até então mas , pela qualidade que tem o seu plantel, por serem uma equipa extremamente coesa (ainda não sofreram qualquer golo) e sabendo que jogarão possíveis meias finais e final perante o seu apaixonado público. Numa segunda linha de candidatos, coloco o vencedor do Itália x Bélgica da próxima sexta feira e os “nuestros hermanos” espanhóis. No entanto, se há Euro que nos tem mostrado que tudo é possível no futebol é este, e acredito que outsiders como a Dinamarca (principalmente) ou equipas da mesma valia podem ter uma palavra a dizer.
Que estes quartos de final nos traga pelo menos jogos ao nível da eliminatória passada, os amantes do futebol agradecem.